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O presente artigo apresenta uma análise gráfica da capa do número 1 da revista Ritmo, publicada em 1935. Até onde se sabe, esta edição foi a única que chegou a circular — tendo forte caráter modernista. Contudo, estamos preocupados em demonstrar neste estudo como esta capa em específico reflete a veiculação gráfica de elementos enaltecidos pelo projeto de identidade cultural da Antropofagia, que ocorria na época, assim como contribuir para os estudos de memória gráfica e do design como parte da cultura nacional, não apenas um representante gráfico da mesma. É importante pontuar que a Antropofagia oswaldiana é compreendida como um processo de deglutição, operada por meio de filtros, gerando um novo produto com características locais, derivado da assimilação de uma ideia estrangeira ou imposta. Em termos metodológicos, a análise gráfica é estruturada seguindo os elementos compositivos da imagem, as configurações tipográficas na mesma, bem como as interações conceituais, contextuais e linguísticas para com as ilustrações na capa analisada. Além disso, outros referenciais teóricos sustentam a análise nos termos da cultura, da memória gráfica e do design gráfico. Nesse sentido, pôde-se medir que o número espelhou elementos de identidade brasileira debatidos pela Antropofagia oswaldiana — na representação e assimilação de signos de identidade da ideologia na imagem construída. Além disso, também foi possível traçar paralelo com outras manifestações culturais, indicando relações com outros periódicos nacionais e circuitos sociais, evidenciando consolidações de signos de brasilidade destacados na Antropofagia. |